Coturnos e Calçados Militares


“- O que é mais importante em um combatente?

- As extremidades! A extremidade inferior, os pés!”


A pergunta acima foi feita pelo jornalista Flávio Tavares, e respondida pelo ilustre Ernesto Che Guevara em uma coletiva de imprensa em 1961*. É o testemunho de um dos mais celebrados combatentes de todos os tempos, à época da Revolução Cubana, sobre a importância do bom trato com os pés. Os policiais e/ou militares que me lêem sabem bem o quanto Che está certo: o mau tratamento ou o uso de um calçado inadequado pode tornar um dia de trabalho policial muito incômodo

Dos calçados, o que comumente é utilizado no serviço operacional policial é o coturno, que tem origem na Grécia Antiga (kothurnos), naquelas sandálias com tiras de couro que envolviam as panturrilhas dos guerreiros gregos. No decorrer do tempo, os calçados militares foram se adaptando para atingir suas necessidades fundamentais, mas difíceis de se conciliar: durabilidade/resistência e conforto/leveza.


Imaginem se ainda hoje utilizássemos as caneleiras dos centuriões romanos, todas em metal, que compunham as armaduras daqueles combatentes. Por um lado, elas possuíam a resistência aos impactos externos, mas certamente eram pesadas e incômodas, exigindo significativo vigor físico de quem as utilizasse.

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Atualmente, o mercado de acessórios militares já oferece modelos bem adequados a essas necessidades. Os materiais em que são fabricados são diversos, possibilitando uma boa variedade de escolha na hora da compra. Couros, fibras, borrachas e tecidos são algumas das matérias primas mescladas na fabricação dos calçados militares.

Caso a sua corporação policial permita, e você não se agrade muito com o modelo institucional, vale a pena investir num calçado confortável, que se adeque às necessidades do seu serviço. Além de ser um objeto de ostensividade, devendo estar em harmonia com o uniforme, o coturno é responsável pelo bem-estar do policial no serviço. É um preço pago para fazer bem a si próprio.

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*Extraído do livro “O dia em que Getúlio matou Allende e outras novelas do poder“.

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