A participação brasileira na Segunda Guerra contada de uma forma moderna e atraente.
“Jambocks!” é uma grata surpresa. Não só porque se trata de uma obra visualmente belíssima, que traz para nós um vislumbre dos heróicos dias da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial, mas também porque demonstra – definitivamente – que estamos evoluindo. Evoluindo técnica e intelectualmente: nossa geração (chamo de “nossa” porque também me incluo nela, com meus 26 anos) é a primeira que mostra um discernimento aguçado, livre de ranços e rancores políticos que contaminaram nossa “cultura” nos últimos 20 anos.
A obra de Celso Menezes e Felipe Massafera pode soar ultrajante para todo um grupo de professores de história de ensino médio e fundamental no Brasil. E é bom que soe. Pois em sala de aula nada aprendemos de nossos esforços naquele conflito mundial, no qual protagonizamos um papel de fundamental importância (não se enganem) para a vitória de 1945. Devido a uma orientação política duvidosa, nossos tutores preferiram distorcer e ridicularizar um momento marcante da história brasileira, reduzindo-o a um mero parágrafo ou nota de rodapé – consultem seus livros e vejam se estou errado.
Mesmo ausente dos currículos escolares, nossa participação na Segunda Guerra Mundial vem ganhando espaço na mídia, seja através do excelente documentário “Senta a Pua” de Erik de Castro, pelos inúmeros fóruns de discussão na internet, e mais recentemente por este lançamento da Zarabatana Books: “Jambocks!”.
Com roteiro de Celso Menezes e (impressionantes) desenhos de Felipe Massafera, “Jambocks!” narra a história de Max, um jovem do Rio de Janeiro que – em meio aos protestos de estudantes pedindo a guerra – decide se voluntariar para ir ao combate na Europa. Massafera apresenta um traço bastante parecido com o do quadrinhista americano Alex Ross, de “O Reino do Amanhã”, mas varia o estilo de desenho conforme o fluxo da narrativa. Já o roteiro de Menezes – que contou com a inigualável consultoria dos Brigadeiros Rui, Meira e Miranda Corrêa (nossos três “avestruzes” ainda vivos) – parece ter sido feito para adaptação para as telas (grandes, tomara!): impossível não visualizar as páginas como “storyboards” de um filme de ação.
Desde o prólogo, numa pacata cidade sergipana, até a maravilhosa (não canso de falar isso) cena de ação de Alberto Martins Torres afundando o U-199 de Hans-Werner Kraus com o Catalina “Arará” na costa do Rio de Janeiro, temos a impressão de que estamos diante de um trabalho internacional (norte-americano até), o que deixa uma bela sensação de orgulho ao lembrarmos que é 100% brazuca.
Este primeiro volume – sim, a história toda virá em 4 volumes – é um “prelúdio” para a guerra. Começa ainda nos tempos de paz em 1942, passa pelo choque dos afundamentos dos nossos navios pelo U-507 de Harro Schacht, e ainda detalha (com um tom de sincero pragmatismo) as negociações entre Vargas e Roosevelt para nossa cooperação com o esforço de guerra. A história de Max é entremeada aos acontecimentos históricos, e o ritmo é mantido de tal forma que, quando termina de ler esse volume, você já anseia nervosamente pelo próximo.
A edição em si é impecável: couché de alta gramatura, formato 18 cm x 28 cm, costurado e com detalhes envernizados na capa. Definitivamente, algo para se ter na estante. Custo-benefício? Excelente! Olha, sinceramente, eu não poderia recomendar com mais firmeza. “Jambocks!” é imperdível!
Parabéns meus amigos Celso e Felipe!
Garanta o seu exemplar por preço promocional direto da loja da Zarabatana Books:
Blog oficial do projeto: jambocks.blogspot.com
Mesmo ausente dos currículos escolares, nossa participação na Segunda Guerra Mundial vem ganhando espaço na mídia, seja através do excelente documentário “Senta a Pua” de Erik de Castro, pelos inúmeros fóruns de discussão na internet, e mais recentemente por este lançamento da Zarabatana Books: “Jambocks!”.
Com roteiro de Celso Menezes e (impressionantes) desenhos de Felipe Massafera, “Jambocks!” narra a história de Max, um jovem do Rio de Janeiro que – em meio aos protestos de estudantes pedindo a guerra – decide se voluntariar para ir ao combate na Europa. Massafera apresenta um traço bastante parecido com o do quadrinhista americano Alex Ross, de “O Reino do Amanhã”, mas varia o estilo de desenho conforme o fluxo da narrativa. Já o roteiro de Menezes – que contou com a inigualável consultoria dos Brigadeiros Rui, Meira e Miranda Corrêa (nossos três “avestruzes” ainda vivos) – parece ter sido feito para adaptação para as telas (grandes, tomara!): impossível não visualizar as páginas como “storyboards” de um filme de ação.
Desde o prólogo, numa pacata cidade sergipana, até a maravilhosa (não canso de falar isso) cena de ação de Alberto Martins Torres afundando o U-199 de Hans-Werner Kraus com o Catalina “Arará” na costa do Rio de Janeiro, temos a impressão de que estamos diante de um trabalho internacional (norte-americano até), o que deixa uma bela sensação de orgulho ao lembrarmos que é 100% brazuca.
Este primeiro volume – sim, a história toda virá em 4 volumes – é um “prelúdio” para a guerra. Começa ainda nos tempos de paz em 1942, passa pelo choque dos afundamentos dos nossos navios pelo U-507 de Harro Schacht, e ainda detalha (com um tom de sincero pragmatismo) as negociações entre Vargas e Roosevelt para nossa cooperação com o esforço de guerra. A história de Max é entremeada aos acontecimentos históricos, e o ritmo é mantido de tal forma que, quando termina de ler esse volume, você já anseia nervosamente pelo próximo.
A edição em si é impecável: couché de alta gramatura, formato 18 cm x 28 cm, costurado e com detalhes envernizados na capa. Definitivamente, algo para se ter na estante. Custo-benefício? Excelente! Olha, sinceramente, eu não poderia recomendar com mais firmeza. “Jambocks!” é imperdível!
Parabéns meus amigos Celso e Felipe!
Garanta o seu exemplar por preço promocional direto da loja da Zarabatana Books:
Blog oficial do projeto: jambocks.blogspot.com
por Júlio César Guedes Antunes
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