5 coisas que você não sabia sobre Iwo Jima

Isso é como lutar numa mesa de sinuca” – Primeiro-Tenente Raoul J. Archambault.

Waterloo, Antietam, Khe Sahn, Iwo Jima: Esses são os tipos de local que geralmente não ocupam espaço nos livros de história, exceto pelos dias em que dois exércitos lá colidiram, para a glória de um e a desonra do outro.

Crescendo na década de 1930, quantos garotos norte-americanos pelo menos sabiam da minúscula ilha vulcânica no Pacífico conhecida como Iwo Jima? Provavelmente nenhum dos quase 7.000 soldados americanos mortos lá em 1945 já tinha ouvido falar dela. Hoje, como território sagrado, um lugar que define o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, tornou-se o local da icônica fotografia ganhadora do Pulitzer e de incontáveis relatos ficcionais. Para aqueles que lutaram lá, e para alguns historiadores, a batalha tem significância igual à dada a Gettysburg por Abraham Lincoln.

da decisiva batalha, apresentamos cinco fatos que você não sabia sobre a Batalha de Iwo Jima:

1-A Batalha de Iwo Jima foi responsável por 1/3 de todas as Medalhas de Honra para os fuzileiros americanos na Segunda Guerra Mundial.

A primeira coisa que você não sabia sobre a Batalha de Iwo Jima é que ela simplesmente significa a identidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos.

A Medalha de Honra foi instituída em 1861 por uma moção do Senado e aprovada como lei pelo presidente Lincoln, autorizando que “medalhas de honra” fossem produzidas e distribuídas àqueles soldados americanos que “se distinguissem por sua coragem em ação”. A Medalha foi concedida mais de 3.400 vezes desde então, incluindo 464 durante a Segunda Guerra. Dessas, 82 foram entregues a fuzileiros durante o conflito, sendo que 23 deles a receberam por coragem mostrada durante a Batalha de Iwo Jima. As citações são extraordinárias, como as dos Soldados William Caddy e James La Belle: ambos se jogaram sobre granadas japonesas para salvar as vidas de seus amigos. Ou então a do Sargento William Harrell: sua defesa de um posto custou-o ambas as mãos, por duas granadas diferentes, e ele também foi esfaqueado foi um soldado japonês que carregava um sabre.

2-A Batalha de Iwo Jima foi a mais custosa para o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA. Fato.

No dia em que a batalha começou, o Tenente-General Holland Smith fez uma previsão que pode ter soado inacreditável para aqueles ao seu redor. Ele previu que a tomada de Iwo Jima poderia custar cerca de 15.000 baixas americanas. Na verdade, o total seria ainda maior; a batalha gerou baixas de 1 em cada 4 soldados, uma taxa estarrecedora quando você leva em consideração que as forças envolvidas aproximavam-se de 100.000. Mais de 23.000 deles eram fuzileiros, que tiveram quase 6.000 mortos, fazendo dela a mais custosa batalha da história do Corpo de Fuzileiros Navais. Por outro lado, as forças japonesas eram estimadas em 21.000 no começo da batalha. Somente 1.000 foram feitos prisioneiros; os outros 20.000 foram mortos ou cometeram suicídio.

3-Os EUA devolveram a ilha ao Japão.

A posse norte-americana de Iwo Jima durou apenas 24 anos. Em 1968, o Primeiro-Ministro Eisaku Sato foi aos Estados Unidos, e o presidente Johnson devolveu ao Japão um conjunto de pequenas ilhas tomadas durante a guerra, incluindo Iwo Jima. Todos os anos, veteranos americanos e japoneses retornam à ilha para uma reunião.

4-Dois soldados somente se renderam em 1949.

As forças japonesas foram superadas em número pelas norte-americanas por uma margem de cinco para um, mas tiveram tempo de fortificar a ilha e preparar-se para a batalha. O resultado foi um complexo de labirintos de túneis e cavernas cavado bem fundo na ilha.

Esses túneis eram tão complexos e não bem-preparados que pelo menos dois soldados japoneses que lutaram na batalha em 1945 foram capazes de viver nas cavernas e evitar a captura pelas forças de ocupação americanas por quase cinco anos.

5-Os codificadores Navajo foram creditados com a vitória na Batalha de Iwo Jima.

Em “The Code Book”, o autor Simon Singh relata que os codificadores Navajo (membros da tribo Navajo que passavam mensagens usando um código baseado em seu dialeto tribal) em Iwo Jima trabalharam infalivelmente e cita que o Major-General Howard Connor disse: “Sem os Navajos, os fuzileiros nunca teriam tomado Iwo Jima”. O Tenente-General Seizo Arisue, chefe da inteligência japonesa, admitiu após a guerra que, enquanto eles já tinham quebrado o código da Força Aérea, falharam em quebrar o código Navajo, fazendo dele um dos poucos e seletos códigos que entraram inquebráveis para a história.

Fonte: Ask Men, 27 de março de 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário