Robert Pattinson ("Crepúsculo") interpreta Tyler Roth, um jovem rebelde de Nova York, que tem uma relação tensa com seu pai, interpretado por Pierce Brosnan ("Mamma Mia!"), desde que uma terrível tragédia separou sua família. Tyler não acredita que alguém no mundo poderia entender o que ele sente até o dia em que conhece Ally, interpretada por Emilie de Ravin ("Inimigos Públicos") através de uma reviravolta incomum do destino. O amor era a última coisa em sua mente, mas como o seu espírito de forma inesperada é curado, ele começa a se apaixonar por ela. Através do seu amor, ele passa a encontrar a felicidade e o sentido de sua vida. Mas logo, segredos são revelados, e as circunstâncias que os reuniu lentamente ameaçam separá-los. Lembranças é uma inesquecível história sobre o poder do amor, a força da família e a importância de viver apaixonadamente, valorizando cada dia de nossa vida.
Crítica
Pequenas tragédias pessoais e familiares são redimensionadas diante de uma tragédia maior no drama romântico "Lembranças". Basta saber que a história é situada em Nova York, deduzir as breves menções ao tempo (férias de verão, Dia do trabalho - nos EUA celebrado na primeira segunda-feira de setembro) para imaginar quando será o clímax desse romance açucarado, protagonizado por Robert Pattinson, mas conhecido como o vampiro da série "Crepúsculo".
Nesse filme, Pattinson esforça-se para interpretar um galã à la James Dean. O esforço não é apenas físico - com o cabelo desgrenhado, fumando incessantemente, roupas mal arrumadas e emocionalmente confuso -, como também no tipo de personagem.
Como Dean em "Juventude Transviada" (1955) e "Vidas Amargas" (1955), o protagonista aqui, Tyler, tem problemas de relacionamento com o pai, o advogado figurão Charles, interpretado pelo ex-James Bond Pierce Brosnan.
O romance entre Tyler e Ally (Emilie de Ravin, da série "Lost") começa como uma aposta. O amigo dele o desafia a conquistar a filha do policial que os prendeu depois de uma briga de rua. O rapaz aceita a aposta, ganha o coração da garota, para só mais tarde também sucumbir aos encantos da menina e se descobrir apaixonado.
O amor, que poderia redimir Tyler, transformando-o numa pessoa mais compreensiva e menos egoísta, no entanto, não ajuda em nada nos problemas com o pai negligente, que se divorciou da mãe (Lena Olin) e não dá atenção para a filha caçula Caroline (Ruby Jerins), uma artista precoce e sem amigas na escola.
A pessoa a quem Tyler mais protege é Caroline. Ele fica mais decepcionado do que ela quando seu pai não pode ir à abertura da exposição de obras da garota. Mais uma briga entre Charles e o filho explode e traz à tona um lado meio 'emo' do protagonista, para quem sofrer parece ser o único prazer disponível.
Ally também tem suas dores do passado. Em 1991, dez anos antes de ela conhecer Tyler, sua mãe foi assassinada numa plataforma do metrô na frente dela, o que a traumatizou e gerou problemas com um pai excessivamente zeloso, o policial Craig (Chris Cooper, de "Nova York, Eu te Amo"). Já o trauma do passado do rapaz, além da negligência do pai, envolve o suicídio de um irmão aos 22 anos. Agora, Tyler está a poucos dias de completar essa mesma idade.
Dirigido por Allen Coulter ("Hollywoodland - Bastidores da Fama"), a partir de um roteiro do estreante Will Fetters, "Lembranças" não mede esforços para agradar à legião de fãs do protagonista de "Crepúsculo" - em sua maioria, adolescentes do sexo feminino.
Por isso, exagera nos closes de Pattinson, com olhares apaixonados e/ou perdidos ao longe, frases melosas ("Nossas Digitais não se Apagam das Vidas em que Tocamos"), e, tentando copiar as lágrimas de "Titanic", prepara um final supostamente emocionante.
O romance entre Ally e Tyler, no entanto, nunca ganha a profundidade que poderia ter. Os dois personagens são duas almas feridas e desesperadas em busca de algo que alivie a dor e os afaste de uma nova tragédia. O que eles percebem, porém, é que algumas forças são impossíveis de controlar.
A lição do filme é que a vida é curta e praticamente faz pouca diferença para o mundo, mas, ainda assim, devemos vivê-la plenamente. O casal se esforça para fazer valer essa máxima, mas, infelizmente, "Lembranças" está mais interessado em mostrar sua surpresa final do que construir personagens e uma trama mais consistente.
Nesse filme, Pattinson esforça-se para interpretar um galã à la James Dean. O esforço não é apenas físico - com o cabelo desgrenhado, fumando incessantemente, roupas mal arrumadas e emocionalmente confuso -, como também no tipo de personagem.
Como Dean em "Juventude Transviada" (1955) e "Vidas Amargas" (1955), o protagonista aqui, Tyler, tem problemas de relacionamento com o pai, o advogado figurão Charles, interpretado pelo ex-James Bond Pierce Brosnan.
O romance entre Tyler e Ally (Emilie de Ravin, da série "Lost") começa como uma aposta. O amigo dele o desafia a conquistar a filha do policial que os prendeu depois de uma briga de rua. O rapaz aceita a aposta, ganha o coração da garota, para só mais tarde também sucumbir aos encantos da menina e se descobrir apaixonado.
O amor, que poderia redimir Tyler, transformando-o numa pessoa mais compreensiva e menos egoísta, no entanto, não ajuda em nada nos problemas com o pai negligente, que se divorciou da mãe (Lena Olin) e não dá atenção para a filha caçula Caroline (Ruby Jerins), uma artista precoce e sem amigas na escola.
A pessoa a quem Tyler mais protege é Caroline. Ele fica mais decepcionado do que ela quando seu pai não pode ir à abertura da exposição de obras da garota. Mais uma briga entre Charles e o filho explode e traz à tona um lado meio 'emo' do protagonista, para quem sofrer parece ser o único prazer disponível.
Ally também tem suas dores do passado. Em 1991, dez anos antes de ela conhecer Tyler, sua mãe foi assassinada numa plataforma do metrô na frente dela, o que a traumatizou e gerou problemas com um pai excessivamente zeloso, o policial Craig (Chris Cooper, de "Nova York, Eu te Amo"). Já o trauma do passado do rapaz, além da negligência do pai, envolve o suicídio de um irmão aos 22 anos. Agora, Tyler está a poucos dias de completar essa mesma idade.
Dirigido por Allen Coulter ("Hollywoodland - Bastidores da Fama"), a partir de um roteiro do estreante Will Fetters, "Lembranças" não mede esforços para agradar à legião de fãs do protagonista de "Crepúsculo" - em sua maioria, adolescentes do sexo feminino.
Por isso, exagera nos closes de Pattinson, com olhares apaixonados e/ou perdidos ao longe, frases melosas ("Nossas Digitais não se Apagam das Vidas em que Tocamos"), e, tentando copiar as lágrimas de "Titanic", prepara um final supostamente emocionante.
O romance entre Ally e Tyler, no entanto, nunca ganha a profundidade que poderia ter. Os dois personagens são duas almas feridas e desesperadas em busca de algo que alivie a dor e os afaste de uma nova tragédia. O que eles percebem, porém, é que algumas forças são impossíveis de controlar.
A lição do filme é que a vida é curta e praticamente faz pouca diferença para o mundo, mas, ainda assim, devemos vivê-la plenamente. O casal se esforça para fazer valer essa máxima, mas, infelizmente, "Lembranças" está mais interessado em mostrar sua surpresa final do que construir personagens e uma trama mais consistente.
(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)
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