É fato a atividade policial é muito ariscada. Na vida de um policial o hoje pode ser mais um dia normal na sua vida, ou pode ser o dia em que você será testado sobre tudo o que aprendeu. A partir de hoje, vida e morte serão faces da mesma moeda!
Digo-lhes que muitas vezes durante a nossa caminhada em direção ao aperfeiçoamento podemos ser xingarei, ouviremos sermão e, se necessário for, apanharemos, não por raiva ou outro sentimento menor, mas em respeito a nós, em respeito aos nossos pai/mãe, esposo/esposa, irmão/irmã, tio/tia, namorado/namorada, enfim, em respeito às suas famílias que confiaram em nós (instrutores, mestres, professores) as suas vidas profissionais, garantido-lhes o direito ou a oportunidade de voltar para casa sãos e salvos.
Digo-lhes que muitas vezes durante a nossa caminhada em direção ao aperfeiçoamento podemos ser xingarei, ouviremos sermão e, se necessário for, apanharemos, não por raiva ou outro sentimento menor, mas em respeito a nós, em respeito aos nossos pai/mãe, esposo/esposa, irmão/irmã, tio/tia, namorado/namorada, enfim, em respeito às suas famílias que confiaram em nós (instrutores, mestres, professores) as suas vidas profissionais, garantido-lhes o direito ou a oportunidade de voltar para casa sãos e salvos.
Certa vez, um grande instrutor que sabia da minha inclinação para a área pedagógica me disse: “Você tem idéia do quão duro seria viver consigo mesmo se seus entes queridos fossem atacados e mortos, e você ficasse ali impotente porque está despreparado para aquele dia?”. Essas palavras me marcaram, e sempre que vejo um companheiro morto em combate, ou em decorrência do serviço, fico imaginando se um pouco de conhecimento e técnica poderia tê-lo salvado. E se houvesse uma segunda chance, faria diferente?
Mas antes de voltarem vivos, são e salvos para seus lares, digo-lhes que é preciso se superar, e muito!, física, emocional, espiritual e legalmente! É preciso vencer!
Lembremo-nos, de uma vez por todas, que segurança pública é coisa séria e não se constitui em tarefa para profissionais improvisados! Quem quer que planeje um assalto a banco ou um atentado contra autoridade pode até tentar numa segunda chance… Nós, que protegemos a sociedade, ao menos teoricamente, não podemos errar uma única vez! Imaginem o policial militar que durante uma diligência atira e mata uma pessoa inocente, o que dirá ele aos amigos e familiares da vítima? “Me desculpe”?
Nossa função como instrutor, é a de mostrá-los que policiais de verdade são profissionais pagos para acreditar que a qualquer momento poderão ser exigidos a ganhar o seu dinheiro da forma mais dura e arriscada possível. Mostrá-los que em todo planejamento de segurança existe uma possibilidade de falha impossível de ser eliminada, e tal constatação apenas justifica todo um redobrar de cuidados, o qual nem sempre é compreendido, tanto pelos policiólogos quanto pelo público em geral.
Trabalhamos muito para conduzir e manter cada futuro policial neste estado mental de alerta, de vencedor, ao longo do curso. Já no primeiro minuto, mostramos uma fotografia dramática ou um vídeo de um policial que não venceu e que foi morto em um encontro cruel e sem sentido com criminosos.
E você, já pensou sobre o que o motiva a vencer? O que força você a seguir em frente? Isso é algo que você deve descobrir e treinar mentalmente, e é algo que pode mudar completamente sua carreira policial e sua vida.
Mas agora é hora de pensar seriamente no seu próprio motivo para vencer. Você precisa descobrir aquilo que vai lhe deixar mais alerta, mais forte, capaz e orientado para triunfar diante do perigo que ronda sua profissão. Ou seja, o que motiva você quando as coisas saem do controle?
Quanto vale sua vida?
Quantas vidas você têm? Quanto vale sua vida? O que o motiva a voltar são e salvo para sua casa? O que alimenta a sua vontade de viver ou de sobreviver? Essas são perguntas que faço para todos os policiais com quem tenho oportunidade de ministrar aulas de Tiro ou de Procedimentos Operacionais. A profissão policial engloba riscos que a maioria das profissões não têm. Ao cometer um engano – ou por não saber resolver um problema – o policial pode causar a perda de uma vida inocente. Pode ser a vida da vítima, de um companheiro ou a sua própria. Quantas vidas tenho? Com certeza, apenas uma. Quantas vezes posso cometer enganos? Não há número exato. Posso ser desleixado com minha segurança, confiar sempre na sorte e passar vinte ou trinta anos de minha carreira sem cometer um erro que custe minha vida. Posso também estar saindo na minha primeira diligência de rua e enfrentar uma situação que pode ser fatal para mim.
Quanto vale minha vida? É o bem mais precioso que possuo. Sem vida não existe mais nada. Se a carreira que escolhi implica em risco de morte, tenho que estar preparado o melhor possível para enfrentar estes riscos. Treinamento e equipamento são fatores fundamentais para minha sobrevivência. Tenho que possuir o equipamento adequado para minha tarefa e empregar a técnica correta ao utilizá-lo.
Mas, por melhor que eu esteja preparado, acidentes acontecem. Quando lidamos com situações-limite, que envolvem riscos de morte, devemos estar preparados para o inesperado. Utilizar equipamentos de segurança é uma regra obrigatória em diversas atividades perigosas. Ao realizar um salto de pára-quedas, normalmente utilizamos um pára-quedas reserva. Em alguns esportes náuticos, é obrigatório o uso de coletes salva-vidas. Outras atividades mais simples também requerem equipamentos de segurança. Ao andar de moto é obrigatório o uso de capacete. Ao andar de carro, é obrigatório o uso de cinto de segurança.
Na atividade policial, vemos nos últimos anos uma maior preocupação quanto à segurança do próprio profissional de polícia. O uso de colete à prova de balas, em algumas polícias do Brasil, é obrigatório. Esperamos que, daqui a mais alguns anos, isso seja realmente um procedimento padrão em todo território nacional. Usar um colete à prova de balas não torna o Policial imune ao risco de ser atingido, mas com certeza reduz bastante o risco deste morrer ou ser seriamente ferido, lhe dando alguma chance a mais de sobrevivência, se algo der errado.
E se a arma falhar?
Já afirmamos em outras oportunidades que, quando o policial precisa usar sua arma de fogo, ele o está fazendo porque vidas dependem disso. Se ele não atirar poderá morrer ou uma pessoa inocente pode perder a vida. E se a arma dele falhar no pior momento? Qual a alternativa que ele possui?
Quando falamos em falha de uma arma de fogo, temos várias possibilidades para esse problema: pode ser um problema de munição, como uma simples nega em que, extraindo-se o cartucho negado, normalmente soluciona-se o problema; pode haver um problema de ejeção ou de alimentação, em que manobrando-se o ferrolho da arma pode-se colocá-la em condições de funcionamento; pode haver um problema mais sério em que o projétil não teve força suficiente para sair do cano, ficando preso em seu interior. Posso ter problemas com arma onde há quebra do percussor, quebra da garra do extrator, quebra do impulsor do tambor, quebra do impulsor do cão, sujeira acumulada na rampa da câmara, problemas com o carregador. Cito genericamente problemas que podem ocorrer com o revólver, com a pistola, com a metralhadora de mão ou com outros tipos de armas longas, pois estas situações podem acontecer com maior ou menor possibilidade, em todo tipo de arma de fogo.
Algumas dessas situações podem ser facilmente resolvidas, principalmente se for com relação à munição e se o atirador estiver treinado para resolvê-las. Esqueci de mencionar um detalhe. Lembre-se de que em um tiroteio devemos acrescentar um fator a esses problemas: o stress, pois se o policial não conseguir solucionar rapidamente um problema que, no estande de tiro, pode parecer tão simples, em uma troca de tiros ele poderá morrer.
E se o problema for com a arma? E se alguma peça importante quebrou, e naquele momento ela é insubstituível? Estamos pensando em situações difíceis de acontecer ou improváveis? O que Você faria? Já pensou na resposta? Não? Então, muito provavelmente, nesta fração do segundo em que você levou para decidir o que fazer o pior já aconteceu. A resposta imediata seria deixar a arma que quebrou de lado e sacar sua arma reserva. Você não tem arma reserva? Meus pêsames…não há uma segunda chance!
* * *
Com o intuito de suprir o leitor de informação e conhecimento de qualidade, transcrevi alguns trechos de artigos anônimos encontrados na WEB – como tamos que por aí vemos. O leitor Humberto Wendling, agente da Polícia Federal, se identificou como autor dos seguintes trechos:
“Hoje pode ser mais um dia normal na sua vida, ou pode ser o dia em que você será testado sobre tudo o que aprendeu.”
“…física, emocional, espiritual e legalmente!”
“Trabalhamos muito para conduzir e manter cada futuro policial neste estado mental de alerta, de vencedor, ao longo do curso. Já no primeiro minuto, mostramos uma fotografia dramática ou um vídeo de um policial que não venceu e que foi morto em um encontro cruel e sem sentido com criminosos.”
“E você, já pensou sobre o que o motiva a vencer? O que força você a seguir em frente? Isso é algo que você deve descobrir e treinar mentalmente, e é algo que pode mudar completamente sua carreira policial e sua vida.”
“Mas agora é hora de pensar seriamente no seu próprio motivo para vencer. Você precisa descobrir aquilo que vai lhe deixar mais alerta, mais forte, capaz e orientado para triunfar diante do perigo que ronda sua profissão. Ou seja, o que motiva você quando as coisas saem do controle?”
Além disso, expressou sua benevolência e compromisso com a causa policial: “O caro colega Alden José poderia utilizar os mesmos trechos do artigo “Por que você quer viver?”, bastando que desse o devido crédito a quem de direito”. Clique aqui e visite o blog Sobrevivência Policial, de Humberto Wendling. Que me desculpe o autor dos trechos e os leitores pelo equívoco…
Mas antes de voltarem vivos, são e salvos para seus lares, digo-lhes que é preciso se superar, e muito!, física, emocional, espiritual e legalmente! É preciso vencer!
Lembremo-nos, de uma vez por todas, que segurança pública é coisa séria e não se constitui em tarefa para profissionais improvisados! Quem quer que planeje um assalto a banco ou um atentado contra autoridade pode até tentar numa segunda chance… Nós, que protegemos a sociedade, ao menos teoricamente, não podemos errar uma única vez! Imaginem o policial militar que durante uma diligência atira e mata uma pessoa inocente, o que dirá ele aos amigos e familiares da vítima? “Me desculpe”?
Nossa função como instrutor, é a de mostrá-los que policiais de verdade são profissionais pagos para acreditar que a qualquer momento poderão ser exigidos a ganhar o seu dinheiro da forma mais dura e arriscada possível. Mostrá-los que em todo planejamento de segurança existe uma possibilidade de falha impossível de ser eliminada, e tal constatação apenas justifica todo um redobrar de cuidados, o qual nem sempre é compreendido, tanto pelos policiólogos quanto pelo público em geral.
Trabalhamos muito para conduzir e manter cada futuro policial neste estado mental de alerta, de vencedor, ao longo do curso. Já no primeiro minuto, mostramos uma fotografia dramática ou um vídeo de um policial que não venceu e que foi morto em um encontro cruel e sem sentido com criminosos.
E você, já pensou sobre o que o motiva a vencer? O que força você a seguir em frente? Isso é algo que você deve descobrir e treinar mentalmente, e é algo que pode mudar completamente sua carreira policial e sua vida.
Mas agora é hora de pensar seriamente no seu próprio motivo para vencer. Você precisa descobrir aquilo que vai lhe deixar mais alerta, mais forte, capaz e orientado para triunfar diante do perigo que ronda sua profissão. Ou seja, o que motiva você quando as coisas saem do controle?
Quanto vale sua vida?
Quantas vidas você têm? Quanto vale sua vida? O que o motiva a voltar são e salvo para sua casa? O que alimenta a sua vontade de viver ou de sobreviver? Essas são perguntas que faço para todos os policiais com quem tenho oportunidade de ministrar aulas de Tiro ou de Procedimentos Operacionais. A profissão policial engloba riscos que a maioria das profissões não têm. Ao cometer um engano – ou por não saber resolver um problema – o policial pode causar a perda de uma vida inocente. Pode ser a vida da vítima, de um companheiro ou a sua própria. Quantas vidas tenho? Com certeza, apenas uma. Quantas vezes posso cometer enganos? Não há número exato. Posso ser desleixado com minha segurança, confiar sempre na sorte e passar vinte ou trinta anos de minha carreira sem cometer um erro que custe minha vida. Posso também estar saindo na minha primeira diligência de rua e enfrentar uma situação que pode ser fatal para mim.
Quanto vale minha vida? É o bem mais precioso que possuo. Sem vida não existe mais nada. Se a carreira que escolhi implica em risco de morte, tenho que estar preparado o melhor possível para enfrentar estes riscos. Treinamento e equipamento são fatores fundamentais para minha sobrevivência. Tenho que possuir o equipamento adequado para minha tarefa e empregar a técnica correta ao utilizá-lo.
Mas, por melhor que eu esteja preparado, acidentes acontecem. Quando lidamos com situações-limite, que envolvem riscos de morte, devemos estar preparados para o inesperado. Utilizar equipamentos de segurança é uma regra obrigatória em diversas atividades perigosas. Ao realizar um salto de pára-quedas, normalmente utilizamos um pára-quedas reserva. Em alguns esportes náuticos, é obrigatório o uso de coletes salva-vidas. Outras atividades mais simples também requerem equipamentos de segurança. Ao andar de moto é obrigatório o uso de capacete. Ao andar de carro, é obrigatório o uso de cinto de segurança.
Na atividade policial, vemos nos últimos anos uma maior preocupação quanto à segurança do próprio profissional de polícia. O uso de colete à prova de balas, em algumas polícias do Brasil, é obrigatório. Esperamos que, daqui a mais alguns anos, isso seja realmente um procedimento padrão em todo território nacional. Usar um colete à prova de balas não torna o Policial imune ao risco de ser atingido, mas com certeza reduz bastante o risco deste morrer ou ser seriamente ferido, lhe dando alguma chance a mais de sobrevivência, se algo der errado.
E se a arma falhar?
Já afirmamos em outras oportunidades que, quando o policial precisa usar sua arma de fogo, ele o está fazendo porque vidas dependem disso. Se ele não atirar poderá morrer ou uma pessoa inocente pode perder a vida. E se a arma dele falhar no pior momento? Qual a alternativa que ele possui?
Quando falamos em falha de uma arma de fogo, temos várias possibilidades para esse problema: pode ser um problema de munição, como uma simples nega em que, extraindo-se o cartucho negado, normalmente soluciona-se o problema; pode haver um problema de ejeção ou de alimentação, em que manobrando-se o ferrolho da arma pode-se colocá-la em condições de funcionamento; pode haver um problema mais sério em que o projétil não teve força suficiente para sair do cano, ficando preso em seu interior. Posso ter problemas com arma onde há quebra do percussor, quebra da garra do extrator, quebra do impulsor do tambor, quebra do impulsor do cão, sujeira acumulada na rampa da câmara, problemas com o carregador. Cito genericamente problemas que podem ocorrer com o revólver, com a pistola, com a metralhadora de mão ou com outros tipos de armas longas, pois estas situações podem acontecer com maior ou menor possibilidade, em todo tipo de arma de fogo.
Algumas dessas situações podem ser facilmente resolvidas, principalmente se for com relação à munição e se o atirador estiver treinado para resolvê-las. Esqueci de mencionar um detalhe. Lembre-se de que em um tiroteio devemos acrescentar um fator a esses problemas: o stress, pois se o policial não conseguir solucionar rapidamente um problema que, no estande de tiro, pode parecer tão simples, em uma troca de tiros ele poderá morrer.
E se o problema for com a arma? E se alguma peça importante quebrou, e naquele momento ela é insubstituível? Estamos pensando em situações difíceis de acontecer ou improváveis? O que Você faria? Já pensou na resposta? Não? Então, muito provavelmente, nesta fração do segundo em que você levou para decidir o que fazer o pior já aconteceu. A resposta imediata seria deixar a arma que quebrou de lado e sacar sua arma reserva. Você não tem arma reserva? Meus pêsames…não há uma segunda chance!
* * *
Com o intuito de suprir o leitor de informação e conhecimento de qualidade, transcrevi alguns trechos de artigos anônimos encontrados na WEB – como tamos que por aí vemos. O leitor Humberto Wendling, agente da Polícia Federal, se identificou como autor dos seguintes trechos:
“Hoje pode ser mais um dia normal na sua vida, ou pode ser o dia em que você será testado sobre tudo o que aprendeu.”
“…física, emocional, espiritual e legalmente!”
“Trabalhamos muito para conduzir e manter cada futuro policial neste estado mental de alerta, de vencedor, ao longo do curso. Já no primeiro minuto, mostramos uma fotografia dramática ou um vídeo de um policial que não venceu e que foi morto em um encontro cruel e sem sentido com criminosos.”
“E você, já pensou sobre o que o motiva a vencer? O que força você a seguir em frente? Isso é algo que você deve descobrir e treinar mentalmente, e é algo que pode mudar completamente sua carreira policial e sua vida.”
“Mas agora é hora de pensar seriamente no seu próprio motivo para vencer. Você precisa descobrir aquilo que vai lhe deixar mais alerta, mais forte, capaz e orientado para triunfar diante do perigo que ronda sua profissão. Ou seja, o que motiva você quando as coisas saem do controle?”
Além disso, expressou sua benevolência e compromisso com a causa policial: “O caro colega Alden José poderia utilizar os mesmos trechos do artigo “Por que você quer viver?”, bastando que desse o devido crédito a quem de direito”. Clique aqui e visite o blog Sobrevivência Policial, de Humberto Wendling. Que me desculpe o autor dos trechos e os leitores pelo equívoco…
Nenhum comentário:
Postar um comentário